Ethanol summit 2011 Dias 6 e 7 junho

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Modelo global para a transferência de tecnologias será tema central para biocombustíveis

Alimentar oito bilhões de pessoas daqui a vinte anos requererá planejamento intenso e a participação de todos os setores na busca de resultados satisfatórios para a população, empresas, governo e, principalmente, para a biodiversidade e controle do aquecimento global.

Esta foi a principal mensagem deixada pelos participantes do painel “Uso da terra, segurança alimentar e o futuro dos biocombustíveis”, que ocorreu na terça-feira (07/06), durante o evento global Ethanol Summit 2011.

O encontro serviu para mostrar que existem experiências bem sucedidas no planeta, como a matriz energética brasileira, cujo modelo poderia ser reaproveitado em outros países. Durante o painel, que foi moderado por Weber Amaral, da Universidade Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq–USP), chegou-se a um consenso sobre os problemas já existentes e os que estão  por vir com o aumento expressivo da população mundial.

Eficiência e produtividade

“Não acho que a terra seja um fator limitante, a água sim. Há um mundo todo para ser explorado e desenvolvido,” afirmou André Nassar, diretor executivo do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone). Ele argumenta que “com as novas tecnologias estamos aumentando a produção no Brasil sem aumentar a área plantada, e que há vários países que poderiam aprender com a nossa experiência”.

O sucesso do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, principalmente quando comparado ao de milho no que se refere à emissão de carbono e eficiência no processo produtivo, foi outro ponto discutido no encontro. Martina Otto, diretora de políticas energéticas para transporte do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), reforçou a necessidade de se desenvolver uma política global para a transferência desse conhecimento e tecnologias, mas realçou a importância das adaptações locais. Para ela, há muitos pontos a serem considerados e não apenas o desenvolvimento da terra para o plantio, como questões políticas, humanitárias, climáticas, logísticas e comerciais.

Governança e Bioenergia

Para Bruce Babcock, professor da Universidade estadual de Iowa, os países em desenvolvimento devem investir em governança para crescer e superar desafios atuais e futuros. Segundo ele, seria preciso que os agricultores se mobilizassem e criassem processos que garantam a qualidade da produção, produtividade, e de relações trabalhistas que sejam reconhecidos mundialmente. Babcock acredita que as nações desenvolvidas com mais experiência neste ponto, como os Estados Unidos, deveriam dar esse exemplo.

O painel serviu ainda para esclarecer de que não há dúvidas sobre a importância da Bioenergia como um fonte desenvolvimento econômico e socioambiental, principalmente ao se olhar para o futuro. Um estudo recente apresentado por André Faaij, professor de análises de sistemas energéticos da Universidade de Utrecht, realça esse cenário como  principal resultado do relatório, mas alerta que há necessidades de melhorias estruturais e de governança na agricultura e pecuária globais.

O diretor mundial de cana-de-açúcar da Syngenta, Daniel Bacner, chamou a atenção de todos para o fato de que alto balanço energético  e eficiência fazem da cana uma resposta natural para os biocombustíveis, mas lançou a questão “até quando?”. Para ele, o modelo do sucesso está baseado em dois princípios simples: inovação constante e colaboração, já que todos têm o mesmo objetivo e desafio.

Veja as principais idéias discutidas pelos participantes no painel:

Martina Otto, diretora de políticas energéticas para transporte do PNUMA: “Se mantivermos o padrão de consumo americano em tudo precisaremos de dois planetas Terra,  o que definitivamente não será sustentável para ninguém”.

André Nassar, diretor executivo do Ícone: “O modelo brasileiro de produção de biocombustível é aplicável em outros países. O desafio é descobrirmos uma maneira eficaz de transferirmos este conhecimento e tecnologia”.

Bruce Babcock, professor da Universidade Estadual de Iowa: “Há uma necessidade latente de melhorarmos a governança nos países em desenvolvimento”.

André Faaj, professor de análises de sistemas energéticos da Universidade de Utrecht: “Teremos que alimentar oito bilhões de pessoas e preservar a biodiversidade. A bioenergia é a principal fonte de energia que fará diferença positiva em 2050”.

Daniel Bachner, diretor mundial de cana-de-açúcar da Syngenta: “Todos sabemos quais os desafios e o que fazer. A questão é como diminuir o gap entre estes dois elementos”.

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