Ethanol summit 2011 Dias 6 e 7 junho

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Summit na Mídia

07/06/2011
Reuters

Custo de produção de etanol é tema central para usinas

SÃO PAULO, 7 de junho (Reuters) - Reduza custos ou desapareça.

Esse era o dilema diante do qual se viram produtores brasileiros de etanol quando se reuniram na terça-feira, no segundo dia de uma grande conferência do setor em São Paulo, e debateram maneiras de assegurar que na próxima década o biocombustível atenda às enormes expectativas criadas em torno dele. 

Os custos de produção do etanol vêm subindo muito nos últimos anos, mas o aumento não pode ser repassado por inteiro aos consumidores brasileiros porque os preços da gasolina nos postos de combustíveis foram essencialmente congelados pelo governo. Quando o etanol atinge mais ou menos 70 por cento do preço da gasolina, os consumidores tendem a optar pela última. 

Esse virtual teto de preço vem sendo um fator importante na paralisação dos investimentos desde 2008 no segundo maior produtor de etanol do mundo. As soluções possíveis que estão sendo debatidas no encontro incluem a adoção de novas tecnologias industriais e agrícolas, como novas e mais produtivas variedades de cana, e diversificação maior para áreas como a eletricidade. 

"Reduzir custos é o único caminho para a sobrevivência", disse Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, nos bastidores do Ethanol Summit, promovido pelo Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).

De acordo com a Datagro, os custos médios de produção do setor hoje equivalem a um preço FOB de açúcar bruto de 17,5 centavos de dólar por libra-peso, contra 5,5 centavos em 2002.

Levando em conta apenas a produção de cana, os custos subiram 38 por cento nos últimos cinco anos, segundo dados da Unica. O arrendamento de terras foi o fator principal responsável pelo aumento, tendo seu custo subido 57 por cento no período. Os custos da mão-de-obra subiram 47 por cento, enquanto os custos da mecanização da colheita de cana aumentaram em 28 por cento. 

COGERAÇÃO 

Uma solução possível na equação, discutida durante o evento, consiste em aumentar a capacidade de cogeração de eletricidade nas usinas.

Todas as usinas de cana brasileiras produzem a energia que utilizam em seu próprio processo, através da queima do bagaço de cana, mas apenas algumas contam com um excedente de energia que possa ser vendido à rede elétrica.

Esse volume poderia crescer exponencialmente se fossem feitos investimentos para elevar a eficiência dos equipamentos. 

O investimento não é barato, mas os custos de produção passam a ser praticamente zero depois de o projeto ser implementado, já que todas as usinas têm que desfazer-se de toneladas de bagaço todos os anos. 

"Não vejo a possibilidade de ser construída nenhuma usina nova sem uma estrutura eficiente de geração de energia", disse José Carlos Grubisich, presidente-executivo da ETH, o grupo de etanol e açúcar do conglomerado de construção Odebrecht. 

"Precisamos lidar com preços do etanol inferiores aos custos quando é tempo de colheita, e na entressafra teoricamente os preços podem subir, mas não podem subir muito devido à gasolina", disse Grubisich, acrescentando que a venda de energia representa "uma fonte importante de geração de caixa." 

O diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues, disse que outra iniciativa importante para a redução de custos é o desenvolvimento pelas montadoras de automóveis com motores flex mais eficientes, que permitam melhor desempenho do etanol, reduzindo o desnível de performance com a gasolina. 

Ele disse que o a indústria de etanol já começou a discutir o assunto com o setor automobilístico.

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