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Summit na Mídia

07/06/2011
Folha de S. Paulo

Álcool precisa de R$ 97 bilhões em investimentos em dez anos

TATIANA FREITAS

DE SÃO PAULO

Os produtores de etanol terão de investir R$ 97 bilhões até 2020 para atender a um aumento de 170% na demanda nesse mesmo período, segundo estimativa divulgada ontem pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Somente na produção os investimentos devem somar R$ 90 bilhões. O restante deve ser destinado à estrutura dutoviária e portuária. O volume total projetado para os próximos dez anos é 50% maior do que o previsto para o período 2010-2019.

A revisão deve-se à maior demanda pelo combustível, puxada principalmente pelo aumento da frota de veículos flex fuel. A EPE calcula que o consumo de etanol chegue a 73 bilhões de litros em 2020. No ano passado, ele atingiu 27 bilhões de litros.

O setor, no entanto, continua esperando uma sinalização do governo para investir. A principal queixa envolve a competitividade do combustível em relação à gasolina, que tem seu preço inalterado nas refinarias desde 2009.

"Se conseguirmos fazer com que o etanol volte a ser competitivo ante a gasolina, teremos imensos investimentos", disse ontem Marcos Jank, presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), após o Ethanol Summit, evento do setor.

Segundo Jank, caso a competitividade seja restabelecida, os investimentos podem somar R$ 80 bilhões, resultando na produção adicional de 400 milhões de toneladas de cana e 150 novas usinas.

Mas o governo continua descartando reduzir o preço da gasolina. "Vamos tentar manter o preço da gasolina por bem mais tempo ainda", disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, presente no mesmo evento.

Prevendo problemas de oferta na próxima entressafra, Lobão afirmou que mantém conversas frequentes com usineiros e sinalizou que, se a oferta não for suficiente para atender à demanda, o governo voltará a reduzir a mistura de álcool à gasolina, hoje entre 18% e 25%.

INCENTIVOS

O cenário para liberação de crédito também não deve sofrer grandes mudanças. Apesar de prever "aceleração dos investimentos", o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que os desembolsos para o setor devem somar entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões nos próximos quatro anos.

Considerando o piso dessa faixa, seriam R$ 7,5 bilhões por ano, praticamente em linha com o liberado no ano passado pelo BNDES para o setor: R$ 7,6 bilhões.

Para as usinas de São Paulo, ontem o governador Geraldo Alckmin anunciou um incentivo à geração de energia a partir de biomassa.

Por meio de decreto, Alckmin desonerou a compra de máquinas e equipamentos destinados à geração de energia a partir do bagaço e palha da cana, pondo fim à alíquota de ICMS de 12%.

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