Ethanol summit 2011 Dias 6 e 7 junho

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Futuro do setor requer maior produção e investimento em logística

O descompasso entre a oferta ainda restrita e a demanda crescente de etanol no Brasil passa necessariamente por um inevitável aumento de produção de cana-de-açúcar e uma sensível melhoria da logística. Até mesmo para atender produtos já consagrados, como o açúcar e a bioeletricidade, ou mesmo novos que tem ganhado escala, caso dos bioplásticos. Foi esta a principal mensagem de uma discussão inédita, com os principais representantes da cadeia sucroenergética na última segunda-feira (06/06), primeiro dia do evento global Ethanol Summit 2011.

Na plenária “2020 e além: O futuro do setor sucroenergético”, cuja coordenação foi do âncora William Waack, cinco executivos sentaram-se lado a lado com a tarefa de traçar cenários. Juntos, eles representam cerca de 25% de toda a produção sucroenergética no Brasil. São ele os presidentes da LDC-SEV, Bruno Melcher; Fábio Venturelli, do grupo São Martinho; José Carlos Grubisich, da ETH Bioenergia; Marcos Lutz, do grupo Cosan; Narendra Murkumbi, da Shree Renuka; Jacyr Costa Filho, da Guarani S.A.

Pouco antes do debate,  Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), apresentou alguns cenários que deram a dimensão do desafio que o segmento tem pela frente quanto ao etanol. “Hoje produzimos 22 bilhões de litros para abastecer 45% da frota de automóveis leves. Em 2020, para suprir este mesmo percentual serão necessários 50 bilhões de litros. Se quisermos atender 60% dos veículos em circulação, a produção terá de subir para 70 bilhões de litros,” destacou.

Logística

O crescimento da produção de cana para longe dos centros de consumo foi outro aspecto explorado pelos empresários. Na última década, a taxa anual de crescimento da moagem no Centro-Oeste do País se concentrou em Goiás (19%), Minas Gerais (18%), Mato Grosso do Sul (15%), São Paulo (9%) e Paraná (9%). Ocorre que grande parte do consumo de etanol está concentrado na região Centro-Sul, o que leva a um inevitável aumento nos custos de produção. No caso das exportações, por exemplo,  71% do que é embarcado de açúcar ou etanol passam pelo Porto de Santos, no litoral paulista.

Ao exemplificar como a falta de logística influencia na produção dos derivados da cana, Bruno Melcher, conta que há dez anos os custos de transporte de açúcar de Ribeirão Preto até Santos eram de US$ 20,00 por tonelada do produto. Hoje, estão em US$ 50,00 por tonelada. “Isso representa 5% do preço do açúcar, o que parece pouco aos olhos do cidadão comum, mas que representa um prejuízo ao Brasil, pois prejudica a competitividade do produto brasileiro em relação a outros países no exterior,” destaca o executivo.

Para Narendra Murkumbi, co-fundador da multinacional Shree Renuka, uma das maiores produtoras açúcar do mundo, mesmo com esses problemas o produto brasileiro é atrativo no mercado internacional, ao contrário do etanol, que ainda padece com barreiras protecionistas particularmente nos Estados Unidos e na União Européia. Instigado sobre a perspectiva de crescimento da produção  global do biocombustível, o executivo deu uma resposta bem-humorada: “O açúcar é minha mulher, o etanol é minha namorada.”

Avanço inequívoco

Fábio Venturelli, que comanda o Grupo São Martinho, acredita que “pensar em estruturar a produção de etanol e açúcar para daqui a nove anos significa combinar fatores que passam pelo uso da terra, investimentos nos canaviais e ativos logísticos.”

Já para Marcos Lutz, do Grupo Cosan, “apesar de toda esta discussão sobre infraestrutura e logística, o mercado tem se salvado. E embora ainda hajam gargalos, o Brasil tem avançado."

Para Jacyr Costa Filho, presidente da Guarani, também demonstrou otimismo em relação à logística do setor. “Faltam muitos investimento em ferrovias, hidrovias e outras modalidades de transportes que não sejam apenas a rodoviária, mas tenho visto que as empresas estão se organizando para resolver estes problemas,”avaliou.

Na opinião de José Carlos Grubisich, presidente da ETH, “é necessário revolucionar o sistema logístico brasileiro para transporte de cargas líquidas, especificamente de etanol.”

Clique aqui e assista a Plenária 2 - 2020 e além: o futuro do setor sucroenergético

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