Competitividade de novos combustíveis: tema do presidente da Amyris no Summit 2011
A produção comercial de combustíveis e novos produtos que substituam matérias-primas de origem fóssil como o petróleo está na mira de empresas emergentes de ponta, como a californiana Amyris. O assunto será abordado durante a edição de 2011 do Ethanol Summit pelo presidente global da empresa, John Melo, durante o painel “A revolução da cana I: novos produtos," marcado para o primeiro dia do Summit, 6 de junho, na Sala Futuro, que leva o nome da própria Amyris.
Melo traz na bagagem mais de 20 anos de experiência na indústria dos combustíveis. Antes da Amyris, ele foi presidente da British Petroleum (BP) nos Estados Unidos, onde permaneceu por oito anos e desenvolveu bem sucedidos programas para o aumento das vendas, redução de custos e expressivo retorno financeiro. À frente da Amyris, Melo lidera uma das empresas pioneiras no uso do caldo de cana para a fabricação do farneseno, matéria-prima utilizada na elaboração de uma variedade de produtos como lubrificantes, cosméticos, biodiesel e querosene de aviação entre outros.
“Criada inicialmente para a produção de combustíveis renováveis, a Amyris, com sede na Califórnia (EUA) ampliou seu escopo para englobar especialidades químicas como polímeros e cosméticos,” afirma Paulo Diniz, presidente da empresa no Brasil. Ele destaca que o desenvolvimento desses produtos traz novas questões como a regulamentação e incentivos aos investimentos da indústria, para que possa ser competitiva com combustíveis tradicionais. “O Brasil ainda não tem uma regulamentação clara para combustíveis renováveis, tampouco uma política que suporte empresas nascentes nessaa área,” afirma Diniz.
Em abril de 2010, a Amyris participou de um projeto-piloto que levou às ruas de São Paulo seis ônibus movidos, em parte, a diesel produzido a partir da cana-de-açúcar.