Impacto do etanol na saúde pública será tema do Summit 2011
Cerca de 4 mil pessoas morrem em São Paulo anualmente em consequência de problemas causados pela poluição do ar.
O que aconteceria se de um dia para o outro, carros e ônibus movidos a derivados de petróleo passassem a usar apenas etanol como combustível? O médico patologista Paulo Saldiva, membro do comitê de saúde ambiental da Organização Mundial da Saúde (OMS) da ONU e chefe do Laboratório de Poluição da Faculdade de Medicina da USP, foi a fundo na questão, e vai discutir o tema durante do Ethanol Summit 2011.
Na Grande São Paulo, se a frota de ônibus passasse a ser movida a etanol, o número de internações hospitalares decorrentes de doenças provocadas pela poluição gerada pela queima do diesel seria reduzido em 4,5 mil em um ano, incluídas as realizadas através do SUS e na rede privada. Com isso, mais de US$ 12 milhões seriam economizados anualmente. Também seriam evitadas 745 mortes no mesmo período, o equivalente a uma vez e meia o número de mortes por tuberculose na região em 2007. Os dados estão no estudo “Troca de petróleo por etanol melhoraria a saúde nas metrópoles”, coordenado por Paulo Saldiva.
O gradativo abandono da prática da queima de cana-de-açúcar também contribui para a melhora da saúde entre os trabalhadores rurais. Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente, na safra 2008/09, 49,1% da safra no Estado de São Paulo foi colhida sem o uso do fogo e, até 2014, espera-se que praticamente todas as áreas com declividade inferior a 12%, que representam a maioria das áreas cultivadas, abandonem a prática da queima.
As inscrições para o Ethanol Summit 2011 estão abertas, assim como o credenciamento de jornalistas para a cobertura do evento.