Biocombustíveis na aviação: tema do Summit 2011
A preocupação em diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa tanto na frota terrestre quanto aérea faz com que o painel sobre as novas tendências em combustíveis para aviação seja um dos temas mais aguardados do Ethanol Summit 2011.
Qual o estágio das pesquisas nessa área e como a indústria vai se adaptar? Essas e outras questões serão abordadas no painel que tem a participação de Guilherme Freire, diretor de estratégias e tecnologias para meio ambiente da Embraer e diretor-executivo da Associação Brasileira dos Biocombustíveis na Aviação (ABRABA).
“O uso do bioquerosene na aviação comercial é cada vez mais debatido no mundo. Durante o Summit vamos abordar as novas tecnologias e formas de fomento para pesquisas dos combustíveis de segunda geração para essa indústria,” afirma Freire.
A Embraer é pioneira na utilização dos biocombustíveis para a aviação. Em 2005 o modelo Ipanema consagrou-se como o primeiro avião no mundo a ser produzido em série com motor movido a etanol. A aeronave de pequeno porte voltada para a área rural, equipada com motor de 320 HP movido a etanol, foi desenvolvida em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A partir de então, a Embraer começou a oferecer também kits de conversão para etanol aos proprietários de aviões movidos a gasolina de aviação (AvGas). Além de ser menos poluente, o uso do etanol prolonga a vida útil do motor, reduzindo o custo de operação da aeronave.
Agora a iniciativa volta-se para aeronaves de grande porte. No final de 2009 a Embraer, a General Electric e a Amyris, uma das patrocinadoras do Ethanol Summit 2011, anunciaram a assinatura de um Memorando de Entendimento para avaliar os aspectos técnicos e de sustentabilidade do combustível renovável da Amyris para jatos. Este biocombustível utiliza a cana-de-açúcar como biomassa e este teste resultará em um vôo de demonstração de um E-Jet da Embraer de propriedade da Azul Linhas Aéreas utilizando motores GE, no início de 2012.